quinta-feira, 31 de julho de 2008

reunião de pauta

a sala escura e esfumaçada encontra-se mergulhada num silêncio religioso enquanto esperamos o diretor chegar para a reunião ter início. na comprida mesa de madeira que estica-se preguiçosamente pela sala, cinzeiros cheios de cigarros amassados queimando suas últimas cinzas, copos com cafés frios e papéis espalhados aleatóriamente. os três roteiristas, debruçados sobre a mesa, não se encaram e não trocam sequer uma palavra, talvez preparando-se psicologicamente para o que viria a seguir. eu, sentado numa cadeira nos fundos da sala, mergulhado na escuridão cômoda da sala, analiso as expressões em seu rosto apenas por não ter nada melhor para fazer.

o diretor abre a porta e encaminha-se para o se lugar de praxe, na cabeceira da mesa, enquanto os roteiristas se recompõem, sentando-se eretos. articulam a boca na esperança de um "boa noite", mas ele não vem. o diretor tem todos os músculos faciais duros feito rocha. algo tinha realmente o chateado. seu olhar encontra o meu no fundo da sala e eu manuseio a cabeça num comprimento. sua voz soa imponente como um trovão, como sempre acontecia.

- você não precisa estar aqui, raphael. não o convoquei para essa reunião.

encolhi os ombros.

- não tenho nada melhor para fazer mesmo.

ele assentiu com a cabeça, permitindo assim, que eu continuasse na reunião. voltou então seus olhos para os três roteiristas à sua frente, entrelaçou os dedos e apoiou os cotovelos sobre a mesa. umedeceu os lábios com a ponta da língua e deixou sua voz fluir e alcançar cada centímetro da sala. ninguém atreveu-se a respirar enquanto ele falava.

- deus sabe o quanto eu estou tentando fazer um coisa bacana com esse filme, o quanto eu estou me esforçando e o quanto eu quero olhar pra trás daqui há alguns anos e ver que fizemos algo que realmente valeu a pena. mas meus planos estão indo por água abaixo com essa porcaria que vocês andam escrevendo. desculpe-me a sinceridade - ele acrecentou rapidamente -, mas eu não estou a fim de dirigir uma merda dessas.

o diretor fez uma pausa, na esperança de que algum dos 3 se defendesse, mas mantiveram-se num silêncio absoluto e submisso.

- chega desse tal cara italiano de uma vez por todas. eu estou de saco cheio dessas cenas idiotas que vocês têm escrito que não acrescentam nada à trama. vocês estão batendo nessa mesma tecla a mais de 8 meses, cacete!

- ele traz um charme às cenas... - a roteirista loira de feições esticadas arriscou, mas ao receber um olhar massacrante do diretor, engoliu em seco e calou-se.

- que ele leve seu charme pro quinto dos infernos, porque no meu filme CHEGA! liguem para aquele ator do carnaval, arranjem um figurante, façam o que vocês quiserem, mas dêem um jeito nisso.

- achei que você tinha dito que o cara do carnaval estava fora de cogitação - o outro roteirista de boné afundado até a altura dos olhos relembrou com tom de desafio, enquanto os outros dois balançaram a cabeça, concordando.

- eu estou aceitando qualquer coisa para salvar essa droga de filme, até mesmo resgatar personagens daquele naipe. mas eu preciso trabalhar com algo concreto e não com uma obsessão fantasiosa e estúpida. - o diretor levantou-se e, ao dirigir-se à porta da sala, lançou suas últimas palavras: - novo roteiro na minha mesa até segunda-feira. qualquer citação sobre o cara italiano, demissão por justa causa. tenham uma boa noite.

- heil, hitler! - debochou o terceiro roteirista quando o diretor se retirou, exatamente aquele que cuidava da veia cômica do filme, das sacadas inteligentes e das tiradas ágeis. - o cara é o maior ditador.

os 3 começaram a confabular sobre que rumo tomar nos próximos roteiros e já mexiam em seus bolsos atrás de seus celulares para contatar novos atores. eu me mantive estático na cadeira, mirando o nada com meus olhos congelados. a voz do diretor ainda ressoava em meu ouvido como um eco: "chega desse tal cara italiano de uma vez por todas". engoli em seco e sai da sala a passos largos.

eu precisava dos meus últimos 9 segundos.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

evolução musical

esse blog já tem 2 meses e até agora eu não falei de uma das principais coisas da minha vida: a música. esse é um texto publicado originalmente na minha página do last.fm e explica como eu cheguei ao gosto musical que tenho hoje em dia.

eu não lembro exatamente quando a música entrou na minha vida e quando ela passou a fazer parte fundamental dela. minhas primeiras lembranças musicais são as fitas cassete velhas do meu pai, com emílio santiago, sambas-enredo e até ray conniff. e acredite, eu adorava tudo isso. mas, quando você começa a adquirir sua própria personalidade, você deixa de lado as coisas que te impõem a gostar (graças a deus!) e passa a adquirir seu próprio gosto. passa a ter curiosidade e a buscar coisas que têm mais a ver com você. hoje em dia eu não ouço mais emílio santiago ou as melodias instrumentais do ray conniff... mas eu já ouvi muita coisa nessa vida.. coisas boas, coisas terríveis. mas todo tipo de música que ouvi me trouxe ao gosto musical que tenho hoje. por isso, segue agora uma linha do tempo com o que eu curtia em cada fase da vida. quando você organiza cronologicamente a pessoa que você foi e a pessoa que você é, é daí que você percebe definitivamente sua evolução e crescimento pessoal.

infância: "hakuna matata!"
bom... quando eu era pirralho, entre meus 7 e 11 anos mais ou menos, música pra mim se resumia a uma coisa: as canções tiradas dos filmes da d
isney. yeaaaps, eu era um viciado em todas aquelas canções, de o rei leão, hércules, a bela e a fera, aristogatas e todos os outros... eu as decorava, gravava, escrevia as letras e cantava junto, sem nunca enjoar de nenhuma delas. e haja paciência pra me aturar assistindo o rei leão 26 vezes (até a última vez que contabilizei)...

pré-adolescência (11 até os 14 anos): "dirty pop!"
fim dos anos 90 foi a época de
boy bands com suas canções grudentas tocando em tudo quanto era lugar. e esse foi talvez o primeiro contato real que eu tive com a indústria fonográfica. o primeiro álbum da minha vida foi do 'nsync (puuuutz >.<), seguido por outros do 'nsync (puuuuutz [2]) e até alguns do five. além disso, eu também ouvia backstreet boys, westlife, spice girls e toda uma lista de lixo que é melhor parar de citar por aqui...

início da adolescência (15 anos): "dream of californication"
esse sim eu considero meu primeiro cd de música: c
alifornication , do red hot chili peppers. afinal, não dava pra ficar ouvindo aquela porcaria toda pro resto da vida, né? o som dos chili peppers fez tanto minha cabeça que se tornou minha banda favorita e fui atrás de cds antigos dos caras. Comprei o blood sugar sex magik e o one hot minute e quando o by the way saiu, pirei total... *__* nessa época, silverchair, charlie brown Jr., eminem e gorillaz tbm começavam a fazer parte da minha lista de bandas favoritas.

17 anos: "the sk8er boi" [?]
épooca em que minha geração foi bombardeada de música ruim, mas com uma ajudinha dos veículos de comunicação, acabamos engolindo tudo (sem sequer ter indigestão). nesse período eu comprava muitos cds, e infelizmente eles continuam aqui, e eu não sei o que fazer com eles (usar de pé pra mesa talvez?). entre os álbuns que hoje em dia fazem parte da minha lista negra de cds rejeitados, encabeçam a lista o da a
vril lavigne e do the calling. alguém aí quer comprar? \o/

18 anos: limpbizkit's in the house
eu nunca fiz muito o estilo rockeiro-aloprado-cheio-de-ódio-no-coração e, incapacitado de ouvir m
etallica, iron maiden e sepultura (som pesado de verdade), acabei me contentando com o pseudo-rock-pesado chamado de new-metal. época regada de limp bizkit, banda que chamei de favorita por muito tempo, de linkin park e outras porcarias do gênero.

19 anos:"somehow i know, it'll never be the same"
2005 foi realmente o ano que tudo mudou no meu gosto musical. A mtv finalmente entrava na grade de canais do meu bairro (sim, somos um tanto atrasados) e eu parava assim, de ouvir a música podre que a rádio local tocava. nesse ano, a mtv tinha uma programação de manhã um tanto alternativa, e esse foi o meu primeiro contato com o
indie. mas antes de chegar ao indie, temos que passar pelo período jack johnson, um dos mais marcantes musicalmente na minha vida. eu o descobri durante essa programação mais alternativa da mtv, antes de toda a explosão e modinha que rolou no ano passado (2006), quando ele veio aqui pro brasil fazer shows. jack foi o último ídolo que tive até agora, e eu realmente tenho todos os cd's, dvd's e todo material do cara. também estou contando os dias pra fevereiro do ano que vem (2008), quando sai o disco novo. a presença da música do jack na minha vida também foi importante pr'eu descobrir uma das minhas paixões: músicas tocadas no violão... sou um verdadeiro fã de músicas simples com melodias tranquilas.

época atual:"glamourous indie rock & roll is all I want" \o/
ultimamente, 95% de tudo que ouço se resume a
indie music. mas antes de falar disso, deixemos uma coisa clara: minha coisa com o indie é unica e exclusivamente a música. não sou adepto e não curto o estilo idiota das pessoas que se denominam indie. essa coisa de superioridade, de se achar melhor que as outras pessoas, essa disputinha pra ver quem conhece mais bandas não-famosas. sem saco pra isso tudo, okay? o indie veio pra minha vida junto com a internet, porque o segundo me possibilitou procurar bandas novas e diferentes, conhecer sons originais, diversificados, melodias mais trabalhadas, letras mais elaboradas e tudo mais que o indie, sem sombra de dúvida, proporciona. minha paciência pra músicas repetitivas que seguem fórmulas e com refrões e letras óbvias se esgotou durante toda essa caminhada musical que já tive na minha vida. e por já ter oscilado por tantos estilos musicais, posso garantir que o indie eh hoje em dia a saída pra quem cansou do mesmismo da cena pop e está precisando de uma injeção de criatividade no seu gosto musical. e eu sei da importância de todas as outras fases na minha vida, mas cá entre nós, seria realmente uma vergonha eu está desperdiçando minha vida ouvindo nx zero, fall out boy e rihanna enquanto há bandas como kings of convenience, belle and sebastian, the smiths, damien rice e los hermanos(só pra citar algumas) no mundo.=]

sexta-feira, 25 de julho de 2008

(pequena nota sobre o post anterior)

no único dia em que deixei de ser expectador para me tornar o observado, entendi porquê não consigo sustentar uma troca de olhares:

a esperança é uma corda dada de presente pela vida para você mesmo se enforcar.

9 segundos.

costuma durar nove segundos. pode parecer mediocridade contentar-se com tão pouco, mas ao me postar numa esquina estrategicamente escolhida e sentir o sol invernal afagar suavemente minha pele com seus raios mornos, meu corpo começa a se encher de uma expectativa quase infantil. um contentamento que não devia me pertencer aloca-se à minha mente quando o zéfiro calmo cruza a rua e encontra-se com meu rosto. a ansiedade não demora a me encontrar também, no nosso já rotineiro desencontro matinal e o coração já começa a bater um pouco acima do seu ritmo habitual.

e eis que as cortinas imaginárias se abrem majestosas e o espetáculo começa. o silêncio faz-se soberano e tudo ao redor deixar de existir temporariamente. o grande refletor suspenso no infinito do universo foca sua luz flamejante no rapaz que, sem saber, torna-se por alguns instantes a estrela de um pequeno show particular para uma platéia insignificante.

a mão esquerda afundada dentro do bolso do jeans. os passos displicentemente indecisos, contudo, paradoxalmente firmes. o cigarro em chamas preso entre os dedos da mão direita, sendo levado à boca como que por acaso. o modo como suspende minuciosamente os ombros e encaixa a cabeça entre eles. o jeito quase grosseiro com o qual ele ignora o que acontece ao seu redor enquanto cruza a calçada pavimentada. nada passa despercebido. cada detalhe irrelevante é captado com agilidade pelos meus olhos enquanto o oxigênio parece faltar por um momento e o músculo involuntário no meu peito parece disposto a quebrar sua cela feita de costelas e iniciar uma fuga acelerada.

mas nada compara-se à magia que existe em seus olhos castanho-claros, o verdadeiro evento principal do show. olhos tão expressivamente lindos que, quando ocasionalmente cruzam com os meus numa pequena discrepância casual, não posso evitar de olhar para outra direção. a imponência dos seus olhos me disarmam. com qual direito, eu não sei, mas essa é a verdade.

e então ele vira à esquina e as cortinas encardidas caem, indicando o fim do espetáculo. dura apenas nove segundos, mas não importa. as próximas 23 horas, 59 minutos e 52 segundos tornam-se inconscientemente nada além de uma espera pelo próximo show. o show de 9 segundos que satisfaz um coração vazio como se durasse horas...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

algumas palavras honestas - relacionamentos

de quando em quando, eu sinto uma vontade demasiadamente forte de conversar, não com ninguém em particular, mas comigo mesmo. um papo centrado e reflexivo sobre o que está certo e o que está errado nessa vidinha simples que levo. o meu blog me parece agora um lugar apropriado para ter essas conversas, já que foi aqui que pude falar muita coisa que estava entalada na minha garganta nos últimos meses.

depois da conversa introspectiva e sincera com gustavo em meados de junho e das revelações na mesa do botiquim com filipe, eu mergulhei numa entorpecência profunda e revigorante, uma espécie de alívio que me persegue e me alimenta 24 horas por dia. mas de vez em quando, naquelas noites em que me pego sozinho assistindo sem interesse a televisão ligada em qualquer canal aleatório, um vazio incômodo vem se aproximando lentamente, quase imperceptível ou inofensivo. não é nada difícil para mim perceber que esse vazio caracteriza-se na falta de um relacionamento, mesmo que ele - o vazio - venha covardemente tentando camuflar-se em outras emoções e sentimentos. e tendo essa certeza em mente, vejamos os motivos que me fazem ainda ser um lobo solitário, como ágatha uma vez sabiamente me personalizou (rs).

como eu já disse em posts anteriores, eu não tive uma adolescência muito agradável como a maioria das pessoas. eu estava muito preocupado em não ser eu mesmo para viver com intensidade as experiências que a falta de juízo proporcionam. no teatrinho em que me encontrava ocasionalmente, no show de truman imposto pela sociedade, nunca houvera qualquer chance de uma relacionamento acontecer. quer dizer, digamos que chances aconteceram, mas eu não gosto muito do ditado gato com fome come sabão (rs). não, de boa, pra andar mal acompanhado eu juro que prefiro ficar sozinho, porque esse vazio que se encontra dentro de mim não vai ser preenchido com qualquer porcaria, não. e tudo que já apareceu na minha vida até agora mostrou-se indigno, não de estar comigo, porque não estou me auto-valorizando ou me achando a última bolacha do pacote, mas indigno de preencher essa lacuna dentro de mim, compreende? espero que sim.

minha vida até o momento foi regida por prioridades. a primeira delas era a questão da minha queimadura, a qual venho tratando desde o ano passado e posso garantir que já me sinto bem mais à vontade em relação ao uso do boné. não abdiquei dele ainda porque algo cujo você é acostumado há 2o anos não é fácil de simplesmente deixar de lado. contudo, entrar na praia no ínicio desse ano sem o boné foi uma das primeiras vitórias nesse processo. a segunda prioridade que eu tinha era cuidar da questão da minha sexualidade (kct, com todas as letras, rs!). e essa ainda é uma prioridade em fase de tratamento, mas posso assegurar que tudo está indo muito melhor do que imaginei possível. falarei disso com propriedade quando convir, e esse não é exatamente o momento.

e então, já que esses 2 últimos anos têm sido regados de êxitos pessoais, nada mais justo do que começar à procura pela minha felicidade porque, desde mais novo, eu sempre tive a certeza de que nossa vida é feita para ser compartilhada com alguém. deveras clichê, mas quando você sente a ausência de alguém na sua vida, começa a acreditar nisso piamente. e eu não tenho muitos requisitos, não quero nenhuma perfeição da natureza, nada disso. eu só preciso de alguém que entenda o que eu passei/estou passando e que entenda a minha disposição para um relacionamento sério. muitas vezes, quando olho em volta, eu fico meio desacreditado de que eu vá encontrar alguém que possa preencher esse vazio, porque as pessoas como eu, infelizmente, têm um tendência à atitudes e modos de vida que não curto e não admitiria de uma pessoa que estivesse ao meu lado. nem falo de poligamia ou promiscuidade, mesmo que condene as duas práticas, mas falo mais da questão da falta de amadurecimento, de achar que a vida é pra sempre uma farra, uma festa regada à porpurina. e, conscientemente, preciso de uma pessoa muito madura ao meu lado. esse é o meu requisito básico na busca de alguém e total prioridade na personalidade da pessoa que estará ao meu lado.

enquanto isso tudo acontece, tento lutar contra estímulos e atrações que me levam à paixões por uma pessoa que sequer sabe meu nome. de boa, quando o melhor momento do seu dia passa a ser aquele o qual um desconhecido passa ao seu lado, te ignorando por completo, é sinal de que tem algo muito errado. mas será possível me livrar disso tudo sem algo sólido ao que me agarrar? é possível no meio desse turbilhão de acontecimentos e reviravoltas aparecer A pessoa certa?

veremos isso em breve...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

useless top 5 - carreiras fracassadas

- o useless top 5 (top 5 inúteis) será um quadro fixo do meu blog, enumerando periodicamente os 5 melhores numa categoria irrelevante e sem importância alguma.

no useless top 5 de hoje, a lista mostrará um punhado das minhas invenções de moda nesses 22 anos que nunca deram muito certo: desde comerciante mirim a escritor de pseudos contos eróticos, essas são as minhas 5 carreiras fracassadas.

5º lugar: comerciante mirim
quando eu era pequeno, com uns 8 ou 9 anos, eu tinha um vislumbre por comércios, lojas e tudo ligado à compra e venda de produtos. no começo, eu expressava essa obsessão atráves de brincadeiras, pegando fitas cassete para fingir que eu tinha uma locadora, por exemplo. contudo, por duas vezes, eu levei a brincadeira um pouco além: na primeira delas, usei o pouco de dinheiro que tinha para comprar balas, doces, pirulitos e afins e, na varanda da minha casa, montei uma pequena bomboniere. só que, se eu pagasse x por determinado doce, eu cobrava metade no meu pequeno comércio, ou seja, minha noção de lucro era realmente fantástica. meu pai me explicou diversas vezes que eu precisava cobrar a mais do que eu havia gastado, mas eu não dava a mínima importância para o dinheiro. entrei em falência (obviamente) e eis que caio em outro ramo do comércio: locação de fitas de video-game. na varanda da minha casa também, peguei as fitas de master-system do meu primo e organizei uma mini-locadora. minha única cliente, andréia (prima do marcinho, citada no post sobre a viagem de petrópolis) deu um calote na loja, alugando uma fita e não querendo devolvê-la. e mais um vez fui obrigado a fechar as portas graças a esse incidente (rs).
5º lugar paras as tentativas frustradas de comércios na varanda da minha casa.

4º lugar: compositor
o período jamil el-jaick foi o ápice do meu momento gênio-criativo, tanto que todas as posições a partir daqui compreendem-se entre esse anos. mas, no segundo ano, depois que eu e carina escrevemos uma canção melosa enquanto ela tocava o violão, surgiram mais 16 canções que seriam o repertório do cd de estréia da nossa banda imaginária, o kyron. na verdade, ninguém sabia tocar porcaria nenhuma e as composições eram uma droga, mas um pequeno grupinho dos meus amigos aprendiam as letras e catnávamos juntos enquanto descíamos pedras ou em momentos mais íntimos.
não colocarei nenhuma letra completa aqui por pura vergonha (rs), mas aí vão alguns dos versos mais infames que a música brasileira já viu:

"depois de um belo banho, abro o guarda-roupas para escolher a roupa ideal
sinto logo o clima, o astral lá em cima / vou arrasar no visual"
- é so para curtir, canção sobre sair na noite de sábado com os amigos.

"aí vai um toque amigo para você se ligar
curta bem a adolescêcia, ela nunca vai voltar"
- curtindo a adolescência, faixa que servia como trilha sonora do livro que eu havia escrito naquele ano (mais detalhes abaixo).

mas o ápice do cd era uma faixa bem humorada narrando uma viagem de carro para o litoral. num dos momentos da epopéia musical, eis que surge o seguinte verso poético:

"tudo já estava horrível mas podia piorar
minha tia marieta tava querendo mijar
a chuva tava muito forte, ela não ia lá fora
e resolveu o seu problema com uma garrafa de coca-cola
levanta a saia, tira a roupa, o mijo começa a jorrar
e meu irmão não tira o olho: "tô vendo sua xo**ta!"
a garrafa era pequena, começou a transbordar
e o mijo da minha tia nos meus pés veio parar
mamãe pega o perfurme e espirra no ar assim (tsssssssssss)
misturando vômito e mijo com perfume de jasmim
tia marieta, aliviada, põe a roupa no lugar
meu irmão ainda gritando: "eu vi sua xo**ta!"

tanta poesia não podia ficar de fora do useless top 5. 4º lugar para o kyron e suas canções - e em breve prometo colocar essa letra na íntegra aqui no blog (rs).

3º lugar: promotor de prêmios musicais
vma, vmb, grammy, prêmio tim... tudo ficou para trás em 2004, quando surgiu o PAMA. o que é o PAMA? como não sabes, meu deus! em que planeta você vive? (rs).
o Paraíso Annual Music Awards aconteceu em abril de 2004, na varanda da casa do diego. era uma premiação como o grammy, tirando o glamour e todo o resto (rs). mais de 24 pessoas votaram em seus artistas favoritos através de formulários feitos à maquina de escrever, porque naquela época ninguém tinha computador por aqui ainda. os apresentadores do prêmio, eu e filipe, não sabíamos o texto, nos atropelávamos, falávamos juntos e suavámos como se estivêssemos no saara. a decoração do prêmio incluía uma cartolina com o nome dos indicados e um pisca-pisca de lâmpadas de natal escrevendo PAMA na parede. o figurino era terrível, indo de uma camisa florida a la hawaii a uma camiseta preta do limpbizkit.
mas o pior de tudo: toda essa bagunça musical foi gravada e hoje em dia é arquivo indispensável da nossa adolescência. ingrid viera gravar tudo e acabou se tornando câmera-girl oficial dos meus projetos retardados.
a 2º edição do pama chegou a ser projetada e o blog onde as pessoas poderiam votar ainda está ativo: http://pama2006.blogspot.com/ . mas como nunca aconteceu, a 1º edição é o verdadeiro clássico e fica aqui com a 3º posição.
fotos do PAMA 2004:


foto 1: os apresentadores se preparando para o próximo prêmio. note a umidade de suor no rosto deles, as cartolinas na parede e marcinho cuidando do buffet do espetáculo (um super churrascão rs).
foto 2: a galera reunida no final do programa, com o pisca-pisca ao fundo.
foto 3: galerinha rock'n'roll... uhu! (rs)
em breve eu tentarei conseguir a versão filmada dessa pérola e colocarei no youtube, beleza? é algo que realmente vale a pena para quem está a fim de dar boas risadas.

2º lugar: roteirista e diretor de cinema
o sucesso do pama acarretou um período megalomaníaco de projetos um tanto ambiciosos. o fato de ter uma câmera a disposição agora serviu de incentivo para colocar em prática um dos meus sonhos desde infância: o de fazer um filme.
o roteiro foi escrito em um dia apenas e contaria a história de betinha, uma hermafrodita que depois de perder o amor da sua vida por causa da sua situação biológica, resolve rodar o mundo para encontrar pai xunxê, um macumbeiro e única pessoa que pode ajudá-la a resolver o problema. em sua viagem pelo mundo ela era perseguida pelos capachos de michelle, a nova namorada de pedro paulo emanoel francisco, sua alma gêmea. infelizmente eu não encontrei o roteiro original aqui em casa, mas vou pegá-lo na casa do diego e digitá-lo, porque realmente vale muito a pena.
a escolha do elenco foi simples e rápida: filipe faria betinha, obviamente, enquanto diego seria seu par romântico. lauane foi convocada para fazer michelle, a vilã do filme e gustavo faria o macumbeiro pai xunxê. lorelay teria uma pontinha como a empregada que não sabia cozinhar, enquanto eu, além de dirigir (rs) faria com leandro o papel dos capatazes que perseguem betinha. um elenco brilhante para uma história fantástica.
o filme ganhou o nome de "meu vizinho é uma surpresa", e antes de ser deixado de lado, infelizmente, teve um dia desgastante de filmagens. há por volta de 8 minutos de material desse projeto, onde filipe, caracterizado de betinha, arranca risadas de toda a equipe, lauane não consegue decorar seu texto e lorelay grava ao telefone (única cena realmente terminada). esse material nunca foi visto, porque não temos a fita suporte para apreciar esses momentos de pura diversão. mas eu ainda coloco isso aqui no blog, vocês vão ver só! por enquanto, "meu vizinho é uma supresa fica com o 2º lugar, como a carreira mais fracassada de alguém no cinema.

1º lugar: escritor
minha carreira de escritor começou cedo, lá pela 5º série no jardel hottz. nessa época, eu escrevia pequenos contos de 20 ou 30 páginas, todos em letras engarranchadas e com conteúdo muitas vezes plagiado de outras obras. para incentivar as pessoas a lerem o que eu escrevia, eu fazia pequenos mistérios e quem os descobria, ganhava um super lanche na cantina da dona enedina (rs). marketing é a alma do negócio.
o primeiro romance veio por volta dos anos 2000 e é um retrato do que eu vivia àquele ano. "curtindo a adolescência" conta a história de carol, uma menina que acabara de trocar de escola e se apaixonar pelo cara mais popular do colégio. um enredo tipicamente de malhação, mas essa era exatamente a intenção. muitas coisas do que eu vivia e sentia naquela época estão infiltradas na história com sutileza e na escola o livro acabou sendo um sucesso. levei por volta de 9 meses para escrevê-lo e por não ter feito rascunho, o livro contém muitos erros e um português deveras básico. obsoleto, mas muito importante na minha vida, esse foi meu primeiro livro.
logo no começo de 2001, animado com a boa recepção dos meus amigos, comecei a escrever meu 2º romance. paty e digão, os protagonistas, depois de viver um romance litorâneo tórrido, são separados pelo cotidiano e com a eminência de nunca mais se encontrarem. vivem suas vidas e, 20 anos depois, se reencontram para continuar o que não puderam naquela época. essa é a história de "um dia espero te reencontrar", projeto muito mais ambicioso e trabalhado que seu antecessor: 1 ano e meio escrevendo-o e mais 3 meses depois para passar suas 700 páginas a limpo à mão. contudo, o reflexo da minha época mais depressiva está presente no livro e a protagonista acaba morrendo no final, causando a fúria de TODOS os meus amigos. o final acabou não sendo muito bem recebido e há relatos de pessoas que choraram com a morte de paty às vésperas do seu casamento com digão.
e em 2005/2006 era a vez de gabriel e os seus "segredos em sol nascente", o melhor dos 3 trabalhos mesmo sendo abandonado pela metade. a história do rapaz que larga sua vida para recomeçar numa pequena cidade litorânea atraiu a atenção de muitas pessoas, tanto que sua comunidade no orkut obtivera mais de 130 membros. com base no suspense e no mistério, mas ainda muito preso à fórmula novela-das-oito, até hoje as pessoas me perguntam por que gabriel foi embora, por que ele não tira a camisa e todas as outras questões da trama. infelizmente, as respostas continuam guardadas no meu cérebro e não têm a mínima intenção de sair de lá. o projeto foi abandonado quando percebi que o meu foco estava totalmente errado e, que para continuar escrevendo-o, eu precisaria recomeçar e retirar muita coisa desimportante para a trama. a preguiça nunca deixou que eu fizesse nada disso (rs).

por ser a minha carreira fracassada de maior conhecimento, meus 3 livros estão aqui no primeiro lugar. até o próximo useless top 5 ;)

domingo, 6 de julho de 2008

conversas de noites de inverno

a noite fria encontra seu sentido no copo de cerveja gelada. o bar, situado em uma rua comercial apertada e bem iluminada é freqüentada por pessoas perdidas na intenção de serem alternativos e diferentes. não importa. a maquiagem usada pelo rapaz-emo que passa bebendo um litro de cachaça no gargalo não significa nada para mim. a mesa ao lado, cercada por pessoas falando alto sobre assuntos irrelevantes tampouco importa. tudo deixa de existir no momento decisivo de contar aquilo que foi ocultado por tanto tempo.
o nível etílico sobe desenfreadamente. o álcool se espalha em nossos sangues, causando uma entorpecência cômoda e privando nossos cérebros da consciência verbal. tudo é dito sem filtros, em meio a risadas exageradas de fazerem os olhos lacrimejarem. não obstante, ele nunca fora um apreciador da sutileza. ele não entende. não compreende o sentido das piadas. até que a fumaça dos comentários cômicos se dissipa com a pura e simples verdade, dita pela primeira vez com os olhos nos olhos. e o álcool faz seu papel de tornar o momento um eufemismo da verdade. a aceitação vem imediatamente, seguida de conversas noturnas numa caminhada rumo à casa. eu não os perdi, embora esse nunca fora realmente o meu medo. tudo está devidamente no seu lugar agora, enquanto a sensação de liberdade esvai-se deliberadamente pelos meus poros. liberdade, ainda que tardia.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

diário de bordo - viagem à petrópolis 22/jun

esse post já devia ter sido escrito há dias, afinal essa viagem aconteceu há 2 semanas atrás. mas marcinho é sempre enrolado para passar as fotos que tiramos na câmera dele.

para quem não conhece, petrópolis é uma cidade serrana do estado do rio de janeiro, conhecida pelo seu passado imperial, já que na época da monarquia, tio dom pedro II e a patota portuguesa toda moraram por lá. quem não se liga em história, vai à petrópils encher as bolsas de compras pra revender pras vizinhas, já que na rua teresa há todos os tipos de roupas por preço de banana (expressão da época da minha vó). e tem gente que vai à petrópolis para não ficar em casa aturando um domingo tedioso embalado pelas piadinhas do fasutão. é o nosso caso.

nossa excursão à petrópolis não foi pouca bosta, não, viu? precisamos de dois carros para suportar todas as pessoas que queriam conhecer a cidada imperial. no carro 1, marcinho com a namorada, fernanda, a mãe dele, zete, a sogra e a prima andréia. no carro 2, fabrício, o motorista, filipe, eu, andré e rômulo. os relatos desse post dizem respeito ao carro 2, já que eu não estava no 1, obiviamente.

a viagem de ida foi liderada por sono, paisagens rurais, piadas certeiras e música pop de baixa qualidade. fabricio mostrou-se bem mais seguro no volante, evitando os possíveis ataques cardíacos que ele sempre me fazia ter antigamente. rômulo ficava doido toda vez que via uma bandeira do fluminense, filipe passava todas as músicas que tocavam no rádio (engraçado que o mp3 foi feito por ele e nem ele mesmo atura tais porcarias) e os dois juntos atazanavam andré deliberadamente (rs). em teresópolis, paramos para filar um café do carro 2 e, estranhamente, o pic-nic à beira da estrada deles incluía kibes e morangos [?]. uma combinação um pouco estranha, é verdade (rs).

quando chegamos à petrópolis, a primeira coisa que chama atenção é a arquitetura dos prédios: parece que não foi construído nada de novo lá desde a morte de dom pedro II. a cidade tem um ar de museu conservado em naftalina, mas mesmo assim é de uma beleza nostálgica inquestionável. o tempo estava péssimo; uma chuvinha rala caía do céu cinza-escuro quando finalmente descemos do carro para a primeira parada.

catedral são pedro de alcântara: o imponente prédio com sua arquitetura gótica foi nossa primeira parada. imediatamente ao entrar, a mãe da fernanda ajoelhou-se e começou uma oração enquanto fomos desbravar os cantos do local sagrado para os cristãos. logo à porta há 4 túmulos de membros da corte que eu realmente não lembro quem eram (rs) e perto deles, uma estátua de um santo oferecendo um pedaço de pão. eu queria tirar uma foto aceitando o pão (rs), mas fiquei com medo de ser expulso do lugar pela minha blasfêmia. o orgão, que fica num andar superior ao salão não perdeu seu ar ostensivo, mesmo necessitando de uma restauração urgente. o altar é do tamanho da minha casa inteira e os detalhes da arquitetura são fantásticos, mesmo para quem não liga para religião. filipe não sabe o que heresia, mas sabe como ser um herege: diante dos quadros que se seguem por toda a catedral, mostrando os últimos momentos de cristo antes da crucificação, ele cismou que jesus tava parecendo um modelo posando semi nu, graças à foto onde estão tirando as vestes do cara (rs). esse foi só um dos comentários sem noção que ele berrava em meio a igreja, pra quem quisesse ouvir. meia hora depois, a mãe de fernanda ainda estava rezando (rs) e isso rendeu piadinhas enquanto partíamos para o 2º passeio do dia.

trono de fátima: "o nome do lugar é trono de fátima e a mulher está em pé. como pode isso? parece aquelas menininhas bagunceiras que a mãe fala 'senta filhinha!' 'não quero, não quero!'". com esse comentário herege de filipe, chegamos ao 2º passeio católico da nossa viagem à petrópolis, passeio o qual eu começava a achar que estava se tornando um seminário cristão. a belíssima estátua da santa fica no alto de um morro de onde dá pra ter uma ótima visão de petrópolis, principalmente do cemitério [!], o qual é bem estranho: fica à beira da estrada e vai ricocheteando ao lado dela, como se fosse uma simples vegetação emoldurando-a. quem arquitetou aqueles cemitério foi um gênio (rs). filipe mostrou-se indignado com o local para acender velas e com a sala dos milagres, onde havia várias cabeças de boneca em prateleiras de madeira, uma coisa meio filme trash de terror. mas o que eu realmente achei de mau-gosto foi uma fotografia que se encontra na pequena capela: uma imagem holográfica de jesus crucificado que abre os olhos conforme você adentra o local. e na pequena tenda de suvenirs havia bonecos infláveis dos power rangers [?]. o que é o capitalismo, não é mesmo?

palácio de cristal: petrópolis vende o palácio de cristal para os turistas como se fosse a 8º maravilha do mundo moderno. e qual minha decepção ao chegar lá e encontrar um monte de vidros imundos presos a uma base de metal verde... e NADA além disso. segundo andréia, a única coisa ali restante da época monárquica é o lustre (imundo também, diga-se de passagem) e que a graça do lugar ficava nas serestas que rolavam ali antigamente. a coisa que mais me chamou a atenção, na verdade, foi o banheiro: nunca vi um palácio com um banheiro tão sujo na minha vida (rs). e não, o banheiro não tem paredes de vidro (dãããã)(rs).

almoço: não era nem meio-dia ainda quando marcinho decidiu que pararíamos para almoçar. e o que milorde decide é lei, meu caro (rs). fomo a um self-service e eu começava a armar meu prato para comer um belo churasco, quando dei de cara com uma apetitosa lasanha à bolonhesa. na boa, eu resisto a muita coisa, menos a um belo prato de lasanha. e eis que surge a nova tendência gastronômica de 2008: lasanha com farofa (rs). em seguida, parei em frente ao churasqueiro:

ele: opa rapaz, vai de quê?
eu: picanha, por favor cara.
ele: está um pouco mal-passada.
eu: sem problemas, eu gosto assim.
(ele corta e coloca a carne mais vermelha que já vi na minha vida no meu prato)
ele: mais o quê, fera? a fraldinha tá ótima.
eu: pode ser, cara (como se eu conhecesse carnes por nome ¬¬')
(ele corta e coloca 2 pedras de carvão no meu prato)
(olho pra ele e antes que ele possa me oferecer mais alguma coisa, saio de fininho)

depois da picanha crua e da fraldinha preta mais dura que casca de árvore, eu dei graças por ter colocado aquela bela fatia de lasanha no meu prato.
ps: meu prato saiu o mais caro de todos, mas também, com aqueles dois tocos de carvão nele, neé? ¬¬'

rua teresa: como eu disse no começo do post, a rua teresa é um ótimo local para comprar roupas, principalmente para quem tem lojas ou quem revende. uma rua enorme só com lojas de roupas é o sonho de qualquer mulher com um cartão de crédito às mãos, não é não? só isso explica o sumiço de fernanda e a mãe dela por quase 2 horas, zete e andréia por tanto tempo quanto, e os homens esperando impacientemente as mulheres fazerem suas compras. na verdade, até paramos para comprar algumas coisas também, mas não demoramos mas que 40 minutos para isso. e a tarde acabou indo quase toda embora graças ao consumismo descomedido dessas mulheres.

casa de santos dummont: o homem morava numa casinha menor que a dos 7 anões e querem cobrar 5 pilas pra ver isso? you got to be kiddin' me!

quitandinha: quando chegamos ao quitandinha, a noite já começava a cair, assim como uma forte chuva torrencial . portanto, mal deu para sairmos do carro e tirar essa foto aí do lado. o prédio parecia ser bacanão, mas não poderíamos entrar aparentemente e a chuva nos atrapalhou a ver o lago que (dizem) tem o formato do mapa do brasil. uma pena, porque eu realmente estava interessado nesse passeio em particular.

hora de ir embora: acabamos pegando uma neblina do cacete na serra de petróplis (aquela estrada já é assustadora com o tempo tinindo, imagina com neblina >.<) e paramos numa padaria em teresópolis para comer salgadinhos pingando gordura. ótimo jeito de acabar uma viagem imperfeita, não obstante, deveras divertida. =]