eu sei que na maioria das vezes quando você abre esse maldito blog, o título do post já sugere o que estás prestes a ler: um bando de reclamações do quanto a vida é ruim, que n
pra quem lida comigo na vida cotidiana, essas palavras podem parecer inverdades escancaradas camufladas em desejos de mudanças reprimidos. eu sei o quanto eu posso parecer patético às vezes cobiçando pessoas que não posso ter, vivendo vidas cinematográficas como se fossem a minha própria, elaborando tramas efêmeras pra salientar minha convicção sobre a sexualidade das pessoas e assim, alimentar falsas esperanças. eu tenho absoluta ciência do quanto soo estúpido falando de minhas paixões platônicas por desconhecidos e demonstrando minha impaciência com a demora conveniente de encontrar uma pessoa que completará a última lacuna que falta a ser preenchida na minha lista de prioridades. não obstante, caros amigos cotidianos, essa tal pacificação interior a qual me refiro não tem nada a ver com a falta de uma pessoa que me complete. eu aprendi obrigatóriamente a dividir essas duas partes tão tênues do meu estado de espírito atual: uma é a pessoa que eu sou como indivíduo independente e essa é a parte que está muito bem, obrigado. enquanto a outra parte... bem, deixa isso pra lá por enquanto.
o objetivo desse post em questão é corrigir um terrível mal-entendido: as pessoas que me amam têm se permitido a sentir pena de mim por eu ter andado tão solitário ultimamente. eu aprecio a compaixão e preocupação de vocês todos, mas está nas entrelinhas: eu estou bem, gente. se vocês me virem andando pelas calçadas de friburgo com fones no ouvido cantarolando baixinho, não haverá qualquer sinal de tristeza nesse ato. eu aprendi a ser sozinho. às vezes dói um pouco, como uma fisgada abrupta ou um corte superficial na pele, mas nós temos o poder de nos acostumar com esse tipo de coisa. e não trata-se de auto-suficiência, mas sim de aprender a contentar-se com o que se tem às mãos. e, confesso humildemente, em certos momentos, a minha própria companhia basta.
Um comentário:
Eu vou acabar virando fão do seu blog!!!
(se é q isso já não aconteceu, né???)
É muito bom poder ler textos tão bem escritos e que descrevem momentos e constatações tão simples, e ao mesmo tempo tão sublimes... ...
Parabéns, Raphael!!!
ASS: Tarcísio Moraes
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