eu fui criado, batizado e fiz primeira comunhão na igreja católica. é bem verdade q


essa foi minha separação da parte física da igreja; desde então nunca mais pus os pés na morada do senhor (juro que não estou sendo irônico, rs). a emancipação real aconteceu quando comecei a ter minhas próprias opiniões e ideologias. desde então tornou impossível seguir uma doutrina que condena uma característica biológica de determinado grupo de pessoas. me soa muito estúpido a igreja condenar o homossexualismo se, afinal de contas, seria o próprio deus quem teria criado tal condição a determinada parcela de suas "obras-primas". afora isso, os conceitos de céu, inferno, purgatório, pessoas que viviam 700 anos, arcas que cabem dois animais de cada espécie... de boa, tudo isso sempre foi demais para minha cabeça.
então, em certo momento da minha vida eu deixei de ser um pseudo-cristão para me tornar um... ateu?! pois é, e quando você passa a duvidar que o moço lá em cima fez tudo isso aqui em 7 dias, lhe resta crer que houve a explosão de um ovo cósmico e que os macacos aprenderam a andar eretos e a fazer bandos de gente estúpida chamados "sociedade". eu tentei me convencer disso tudo muitas vezes. tentei olhar pelo lado da ciência e ver respostas pra todas aquelas coisas que nossa mente fica ávida por explicações lógicas. mas nunca me convenci de verdade, mesmo que a quantidade de pêlos em meu corpo seja uma prova nítida de que eu tenho um primo chimpanzé (rs).
portanto, se eu não acredito em deus, nos céus, no inferno, na ciência ou que paul mccartney morreu e foi substituído por um sócia, em que diabos eu acredito?
quando eu estou fazendo minhas caminhadas outonais e tendo meu melhor momento de introspecção, eu me pego com meus sentidos amplamente apurados. eu sinto o oxigênio bailando em minhas vias nasais em busca do aconchego dos meus pulmões; meus olhos contemplam maravilhados a silhueta das montanhas que cercam minha cidade e a beleza simplória de uma árvore à beira do rio transforma-se numa moldura de beleza ímpar; até mesmo o trajeto das formigas carregando folhas mais pesadas que elas chama a minha atenção e me pego com um pensamento certo: a perfeição com que as coisas no nosso planeta se encaixam só pode ter sido constituída por uma força maior. tem que haver uma "coisa" acima de coincidências ou ordens naturais que planejou tudo do jeito exato e nos deu de presente sua obra-prima (para que a gente rabisque com canetas esferográficas, fazendo bigodinhos e óculos de aros-finos). e, de súbito, me pego novamente acreditando em deus. não o homem fanfarrão sentado lá no alto, olhando tudo com seu ar imponente e anotando em sua pranchetinha quem vai pro céu e quem vai curtir umas festas ardentes na casa do sete-pele (rs). acredito em deus como uma força maior que as pessoas sentiram necessidade de nomear. e essa força não vai mandar seu primogênito para cá tocando trombetas e descendo do céu numa nuvem rosa, goddamnit! (rs).
das doutrinas religiosas que temos hoje em dia, uma que me cai bem e razoavelmente aceitável é o espiritismo. na época que eu trabalhava na locadora, ivando, tassi e eu costumávamos ter pequenas reuniões onde o primeiro nos passava um pouco dos seus conhecimentos naquilo que ele acredita. e eu realmente aceito bem melhor a idéia de que nossa alma vai pagar pelos nossos erros do que em deus e sua pranchetinha. e acho que, quando for buscar uma doutrina religiosa para minha vida, será o espiritismo. mas, no exato momento, eu estou ocupado demais tentando ser eu. questão de prioridade.
por enquanto, fiquemos com morrissey nesse ode ao momento atual da minha vida:
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